domingo, 26 de fevereiro de 2012

OLÁ, BAHIA! Chegada e Aldeia da Coroa Vermelha


A cidade de Porto Seguro fica na Bahia, num local charmosamente denominado Costa do Descobrimento, uma vez que foram essas as primeiras terras vistas pelos navegadores portugueses quando chegaram ao Brasil. O mapa abaixo é visto na maioria dos locais na região, servindo como guia para a turma de turistas de primeira viagem, como nós. É enorme e invade a lateral do blog, eu sei, mas vale a pena pelo capricho e nível do detalhamento. Foi elaborado pelo governo da Bahia, que está de parabéns pelo capricho.
Costa do Descobrimento
Os portugueses devem ter ficado realmente maravilhados ao chegar, uma vez que as praias são belíssimas e a mata atlântica é exuberante na região. As falésias também são impressionantes. Detalhe: toda essa área foi tombada como Patrimônio Natural Mundial pela UNESCO, em 1999. Merece!!


Nós não ficamos na cidade de Porto Seguro; nosso resort era alguns quilômetros acima, na localidade de Santo André. Procure ali no desenho o rio João de Tiba com um turista sentado na balsa com seu carro - foi bem ali que passamos. Como em grande parte da costa do Nordeste, os rios são numerosos, e desembocam no mar formando estuários tranquilos cercados de manguezais. Em muitos deles, não há ponte nem previsão de. Então, a travessia é feita de balsa. A gente já chega lá aprendendo: não adianta ter pressa. A balsa cumpre os horários dela, o jeito é esperar. Aliás, quase sempre a balsa atrasa um pouquinho, pra esperar os retardatários que chegam correndo. Raramente pegamos uma balsa onde não entrou alguém correndo, na última hora.


Nosso resort - excelente, ao qual só temos elogios! - foi o Costa Brasilis, que é completamente integrado ao espírito da região! Na foto abaixo, o pórtico.
Essas casinhas e sobrados são os locais de alojamento. Alguém que vai conhecer a Costa do Descobrimento pode querer mais?!



O resort é organizado pra parecer uma cidadezinha, com suas ruas, árvores e pássaros aos montes. Vimos até saguis! A parte de preservação é realmente muito bem cuidada, não só no resort mas em toda a região. Dá gosto de ver.
Próxima foto, o interior do quarto, tão típico quanto o exterior!
E a praia, porque o hotel fica encostadinho nela! Aqui, olhando para o lado esquerdo...
... aqui, para o lado direito. A parte mais escura na água, bem ao fundo, é a foz de um rio.
Sobre as fotos, duas considerações: primeira, todos garantiram que a água não costuma ser dessa cor escura. Estava assim por causa das algas e por causa de mais de 10 dias de chuva. Segunda consideração, admire bem este lindo céu azul, porque a tal da chuva continuou animadamente. Ficamos lá seis dias e só vimos Sol em um! Mas, como sou uma tremenda pé de chuva e sempre levo aguaceiros nas férias, o marido e eu acostumamos com turismo na chuva. Aqui nem esteve tão ruim, deu muito tempo de nublado fechado e chuvisqueiros, o que permitiu a maioria dos passeios.


O primeiro passeio foi na Coroa Vermelha, local onde foi rezada a Primeira Missa em solo brasileiro. O local é considerado área indígena, e são eles os cicerones nesse passeio. Na foto abaixo, o início do passeio. Dos totens em diante, a gente está na aldeia Pataxó. 


Esse foi o nosso guia. 
A gente vai por uma espécie de rua larga, onde não entram carros, com lojas de artesanato dos dois lados. A variedade dos artigos é boa, mas muita coisa se repete. Roupas em geral, especialmente camisetas, são iguais em todas as lojas, e o preço é igual também. Na parte de artesanato indígena é que vale a pena olhar e escolher mais porque, apesar do preço ser bem tabelado, o acabamento varia bastante. O que nós trouxemos de mais diferente foram duas enormes lanças de madeira, que eles usam pra pescar! São realmente bonitas, mas tive bastante receio de pagar excesso de bagagem por causa delas...


Aqui já estamos na praia de Coroa Vermelha, onde está a cruz indicando o lugar da missa. Essa cruz é nova e foi inaugurada nos 500 anos de descobrimento. É muito maior do que a primeira.
Areia branquinha, coqueiros, céu azul do primeiro dia, e pouca gente. Fomos em novembro, meio que na entressafra do turismo. Aliás, as pessoas diante da cruz dão bem uma ideia do tamanho dela. Adiante, a primeira cruz... Está meio abandonada, a coitadinha.
Mas a paisagem continua linda! Próxima foto, a gravação no pé da cruz dos 500 anos:


Achei uma placa elegante e bonita, que só trata daquilo que lhe diz respeito... Não tem o nome de um só político nela! Deve ser algum tipo de milagre dos 500 anos, eu acho.


A foto seguinte mostra um tipo de escultura que eles têm muito por aqui, inclusive na beira das estradas, marcando alguns pontos turísticos. É bem interessante e a gente pode subir lá no meio e tirar fotos junto com os índios, se quiser.


E, pra encerrar esse passeio, uma foto que me divertiu aos montes! Essa mão aí é a minha.
A gurizada índia vem com estes periquitinhos pra gente pegar e tirar uma foto (mediante alguns reais, é claro!). E eu sugeri ao indiozinho que tirasse a foto comigo e com o periquito... Gente, que diversão! O moleque praticamente debandou! Eles não admitem ser fotografados de jeito nenhum, o que eu já sabia, mas estava a fim de testar!
E estava pensando: o índio que nos recebeu na entrada, todo paramentado e disponível para fotos, deve ser considerado alguma espécie de herói entre os outros!